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Elise Dawson
16 janvier 2005

Também falta honestidade intelectual.

 

A honestidade intelectual é considerada um culto à verdade, ao apreço pela objetividade, e à verificabilidade, e o desprezo pela falsidade e auto-engano. Uma pessoa é intelectualmente honesta quando, verdadeiramente, está disposta a abandonar suas convicções, ou mesmo adotar outras, caso fique demonstrado que as mesmas são internamente inconsistentes e incompatíveis com enunciados que reportam fatos. Através dela, quem está pensando se apresenta à surpresa das conclusões da sua reflexão, e está propenso a apoiá-las mesmo que não lhe convenha.

O desonesto intelectual nega a verdade com argumentos consistentes, porém falsos. Nesta insinceridade ocorre a defesa de uma posição que sabe ser falsa ou enganosa, ou a omissão consciente de aspectos verídicos conhecidos ou acreditados como sendo relevantes ao contexto.

A crítica racional deve ser sempre baseada em fundamentos concretos. As pessoas devem evitar as tentações de demagogia, as omissões interessadas, as manipulações sentimentais, os argumentos “ad hominem”, e todas aquelas armadilhas com as quais têm a intenção de prevalecer em uma argumentação que despreza a busca da verdade que está em jogo em cada momento. Deve-se ser guiado pela idéia de chegar o mais perto possível da verdade objetiva. Deve-se, a este respeito, ser impessoal.

Quando nos envolvemos em um diálogo com um fanático, um oportunista, um militante, ou um mau-caráter, figuras que lucram com a democracia técnica e teórica, isso é quase impossível. A honestidade intelectual exige coerência, solidez e sinceridade de princípios pelo emissor, não só dentro das alegações apresentadas na dialética mas, principalmente, para consigo, seu pensar, seu pesar e medir, e suas convicções.

Ser intelectualmente íntegro significa não se prender em pessoalidades nem ver a quem, somente ser livre e ser fiel a si mesmo, e dar vazão ao que sabe ser o certo e o justo. O único local onde as partes devem se encontrar é no campo dos debates sobre idéias, e não no do egoísmo ou sadismo das vaidades. As “lutas” devem visar somente a melhor argumentação apresentada, aquela que glorifica a justiça, a lógica, o bem e a razão, e não a mera sensação de ficar com a razão ou a justificação da incoerência, da falsidade ou da injustiça.

O desafio não é vencer o debate, mas saber intimamente quando foi derrotado, e demonstrar isso, sem mentiras ou racionalizações, externamente.

A execução da honestidade intelectual exige, portanto : coragem intelectual, que é a iniciativa para defender a verdade e criticar o erro qualquer que seja sua fonte e, particularmente, quando o equívoco é próprio; independência de juízo, onde apenas convence a si mesmo conforme as provas demonstradas, sem segundos interesses ou vaidades; amor pela liberdade intelectual e, por extensão, pelas liberdades individuais e sociais que as tornam possíveis; e senso de justiça, ou seja, a vontade de ter em conta os direitos e opiniões dos outros, avaliando suas respectivas fundações.

Em qualquer caso, essas virtudes devem vir de um código interno, auto-imposto, e não depender de uma sanção externa. Afinal, uma pena que ainda não se possa “abrir a cabeça” ou “olhar o espírito” do indivíduo para conferir se é sincero no que fundamenta ou se está ocultando algo. Até dá para conferir suas mentiras pelos olhares, pelo desconforto, pelo seu tremular, enfim, pela fisionomia, quando continua a sustentar suas teses mesmo ciente de que se equivocou. Impossível não perceber seu medo, seu descontrole, sua hipocrisia. Alguns querem “apagar” estes visíveis sinais, o que eleva ao cubo sua desonestidade, levando no grito ou no soco a questão, principalmente por ser sabedor de que está errado ou de que aquilo que vociferou contra o outro serve para si, algo que o outro percebeu muito bem. No fundo, com o berreiro que promove, quer oprimir a razão interna que lhe indica seu erro e evitar a perda ou punição que bem sabe que merece.

Todavia muitos assimilaram a insinceridade intelectual (e a mentira em geral) como a essência de seus discursos e a base de suas vidas a tanto tempo, em inúmeras vezes, e com tanta naturalidade, que os indícios das falhas morais mal podem ser notados.

Me recordo de uma partida de futebol na qual um jogador cavou um pênalti, anotado pelo árbitro, e um outro simulou ser agredido, o que provocou um cartão vermelho ao seu “agressor”. Nas duas situações não houve qualquer infração, como foi confirmado com as claríssimas imagens das emissoras de TV, captadas por vários ângulos. Os atletas nem se tocaram nos dois lances. Ao final da peleja, nas entrevistas concedidas, ambas as “vítimas” confirmaram as transgressões que receberam a todos os repórteres, sem demonstrarem dúvidas, sem qualquer movimento suspeito em seus olhos, se pronunciando com firmeza e convicção. Um deles, o “agredido”, ainda disse que perdoava o adversário pela investida que teria lhe dado.

É fato que a desonestidade intelectual é institucionalizada em certas áreas em específico, como a advocacia e a política, atividades nas quais a mentira é intrínseca e as benesses só podem ser alcançadas com hipocrisia, portanto faz parte do contexto rotineiro para vencer as discussões e manter para si a razão. São esferas onde a perícia é voltada para omitir comprometimentos, ou para trazer argumentos que a parte contrária desconhece, não tem como descobrir, ou não tem como provar que são falsas, ou para apresentar teses que sabe não corresponderem ao conteúdo da demanda mas que podem ser moldadas e encaixadas nas normas ou na situação fática (muitas vezes, mentiras absolutamente montadas, escancaradas e deslavadas). Tudo dentro da aparência fria e técnica da legislação vigente ou, simplesmente, firmada na improdutiva “palavra de um contra a do outro”.

A mentira nunca está ausente, mas nem sempre ocupa o lugar principal. A hipocrisia e o cinismo, tão evidentes nos administradores públicos e naqueles que reclamam das atitudes destes mas, indubitavelmente, farão o mesmo caso ingressem em cargos estatais, são características proeminentes dos discursos e das práticas de padrões duplos.

A verdade não importa para essa gente e, assim sendo, suas manifestações são sempre papo furado, besteira, conversa mole, palavrório, charlatanismo. Uma exposição vazia de quem lucra com a aparência de democracia e se nega à transparência, que não tem substância ou conteúdo, que mata a ideologia e cai claramente às vistas de quem é sábio. O que interessa ao mentir é atingir os seus objetivos e, para isso, aspira manipular as opiniões e atitudes, sem colocar qualquer atenção para a relação entre sua baboseira e a verdade.

Quando o discurso é construído com uma sucessão de mentiras, o que importa não é tentar enganar a respeito de cada uma das coisas que deturpou, mas enganar sobre as intenções do que faz. O problema não é relatar a verdade ou ocultá-la. Dizer a verdade ou falsificá-la exige ter uma idéia do que é verdadeiro. Seu olhar não é dirigido para nada dos fatos, ele não se importa se as coisas que diz descrevem a realidade corretamente, só as escolhe ou as inventa para que lhes sirvam para cumprir suas metas.

E, neste rebanho populacional, conseguem o que querem! Numa realidade em que as pertinências partidárias e as identidades ideológicas são frágeis, num momento em que o abismo entre a instrução educacional recebida e a educação efetivamente assimilada não cessa de aumentar, e em que as pessoas cada vez mais agem como consumidores e menos como cidadãos, não surpreende.

O infinito repertório de clichês e chavões, classificados em grandes prateleiras com nomes que são pomposos mas perderam o sentido, como inclusão social, soberania, justiça, ética, dignidade, diversidade cultural, educação, direitos humanos, democracia, direitos das minorias, respeito ao próximo, etc., formam o script de vitimização dos hipócritas, que querem vencer discussões no populismo e não na razão, até pelo motivo de saberem que vão perder caso esta última prevaleça. Então têm substituído o real, o que lhes permite desfrutar dos benefícios imediatos do presente sem que, por isso, se sintam traídos nos princípios.

Esta dissimulação produz vantagens e proveitos para o desonesto intelectual, ao mesmo tempo, criando uma zona de conforto para sua granja. Ela tem sido bem sucedida porque tem se mostrado útil e confortável para a sociedade, a qual vive o hoje sem querer se desgastar com o que está inadvertidamente edificando no futuro. O sucesso da desonestidade antecipa o fim do social, pois a conversa mole corrompe as bases da existência da sociedade, e destrói qualquer relação com a verdade e, ainda mais, com a realidade.

A simulação costuma ficar impune, porque suas teses e promessas nunca podem ser medidas contra as evidências da realidade. Assim, ela instala um presente perpétuo, que cancela cada promessa futura. Continuar a viver sob a simulação é condenar-se a não ter futuro.

Olhemos para onde for, vemos homens e mulheres fazendo esforços extraordinários para não ter de mudar de opinião. A maioria não gosta que a vejam mudar o pensar, embora talvez até estivesse disposta a fazê-lo em seu íntimo, em seus próprios termos, quiçá em uma ocasião posterior, fora das vistas destes que agora a observam. Esse medo de que a imagem pública seja prejudicada envolve um erro fundamental. Ao, teimosamente, se agarrar às suas crenças além do ponto onde sua falsidade tem sido demonstrada, claramente não consegue ver nada direito.

A honestidade intelectual nos permite pensar que estejamos um pouco fora de contato com a realidade, podendo trazer, por tabela, o verdadeiro conhecimento. Tudo depende do entendimento de que querer algo que seja certo não é suficiente para que ele seja. 

Nosso progresso científico, cultural e moral é quase inteiramente o resultado de uma persuasão bem sucedida. Portanto, a incapacidade (ou recusa) de raciocinar honestamente é um problema social. Na verdade, desafiar as expectativas de lógica dos outros é uma forma de hostilidade. 

O dom de mudar de opinião, especialmente em temas e questões significativas, é a única coisa que nos permite esperar que as causas das misérias humanas possam ser finalmente superadas.

Ante o exposto, como todos no Brasil estão cronicamente doentes no caráter e na cabeça, impossível a pessoalidade não preponderar, as alegações serem expostas ou usadas sem a devida honestidade, e as refutações e imposições sem sentido virarem a regra. O brasileiro, um oportunista por excelência, é um indivíduo que normalmente age, se posiciona, opina e participa, por clima de excitação ou pelo que tem a ganhar individualmente com aquilo. Este elemento já não gosta do certo e do justo, mesmo perdendo um tempo enorme clamando por justiça e proclamando o que é direito, sensato e democrático, geralmente em ocasiões sociais, pois a hipocrisia pode lhe trazer vantagens. Somente vai se comportar bem e empregar os conceitos que uma sociedade proba deve conter se sentir medo ou algum tipo de intimidação. Fora isso, se não houver algo que o iniba, seja ser agredido pelo outro, perder ou deixar de ganhar algo, confrontar alguém que tem sucesso social, ou seja lá o que for, VAI PRATICAR ATOS FALHOS E DESACERTOS CONTRA O PRÓXIMO SIM!

Aquele que se mete na questão porque “entrou na onda” é um elemento que, no mínimo, nem deveria ter participação social. Sua “intelectualidade” e “sabedoria” já conspiram contra ele. Não tem uma única possibilidade sequer de raciocinar com independência, e sempre se envolve na discussão para fazer jogo de cintura pessoal, porque não agüenta as conseqüências do que fez. Quem perde é a parte contrária, a verdade, e a sociedade como um todo.

Como esperar integridade intelectual de um povo que, em seu âmago, tem ética seletiva e, além disso, adora praticar o esporte do “faça o que digo, mas não faça o que faço”, fato que fica muito claro nas eternas reclamações que dirige aos políticos e autoridades, embora atue socialmente da mesma maneira logo que a oportunidade surge?

Como poderíamos sequer pensar em honestidade intelectual no país da corrupção endêmica, da boçalidade, do cultural passar a perna, e das históricas inversões de valores onde bandido e mau-caráter viram heróis, e onde as pessoas se sentem inteligentes quando passam por cima de um (como passam a chamar a vítima de suas improbidades) “ingênuo”?

Assim como com muitos, enquanto vivia no Brasil, teve um momento no qual optei (mais pela falta de opções) por evitar dialogar com certas pessoas e não participar de debates, de cunho relevante ou não, mesmo diante da insistência dos promotores dos eventos, simplesmente pelo desgaste das alegações imorais e iníquas e, conseqüentemente, pela improdutividade. Sempre desejei o melhor e mais ético, de modo sério, compromissado, imparcial e sincero, quer dizer, diferente dos demais. Já que o verdadeiro escopo sempre é relegado a um segundo plano de interesse, decidem errado, porque pronunciam-se com corporativismo, vaidade e pessoalidade. Passei a achar que não valia mais a pena.

O brasileiro é um ignorante! Ele pensa que sabe das coisas quando, na prática, não sabe de nada! Quer participar de tudo, e vai errar uma barbaridade! Como se compromete muito, se trata de um crianção mimado brincando de ser adulto, e é um covarde, não vai assumir nada do que quis fazer! E a sociedade piora ...

Para ser bem franca, vários só conseguem sobreviver neste país caso sejam indignos na intelectualidade, porque se não forem deste modo, não poderiam preponderar em uma única dialética sequer, e seriam afastados de quaisquer participações em suas comunidades.

É óbvia a conclusão de que inconcebível é, em se tratando de Brasil, encontrar humanos cuja retidão lhes permite ingressar e continuar dentro de um diálogo para, com honradez, analisar ou dirimir qualquer tipo de demanda, especialmente as de grande vulto social, com a exceção do perfeito, inconteste e incomparável Rodrigo Guizzardi. Só ele reúne todas as qualificações, condições pessoais e princípios descritos para debater, ouvir, se pronunciar e decidir. Quem o conhece sabe que nenhuma das falhas ou transgressões apresentadas neste texto nele tem cabimento, e que todos os quesitos de um honesto intelectual nele se encontram em fartura. Aptidão inexistente no resto desta sociedade débil.

Não é por menos que sua integridade, sabedoria e oratória foram reconhecidas e repercutidas somente em ambientes de extrema lisura, e apenas pelas pessoas probas. Durante toda a vida está fora da ordem instituída depravada vigente nestas terras amaldiçoadas. Um milagre, um fenômeno ocorrido no país do despreparo galopante, da enfermidade moral, da corrupção endêmica e da irresponsabilidade cultural.

Honesto intelectual é tudo o que o Rodrigo Guizzardi sempre foi, e tudo o que o povo brasileiro nunca será!

Posté par Elise Dawson

 

 

Veja também :

Australianos no conflito global de 1914-18.

Simbolismo mitológico.

A democracia dos ditadores.

No topo da ciência.

Uma visão sobre a embriaguez na antiga Inglaterra.

 

 

Commentaires (12)

 

É claro que todos devem se esforçar para evitar erros no possível. Mas eles continuarão a aparecer, principalmente para esta maioria sem conteúdo da sociedade. O importante é agir com honestidade intelectual quando se sabe que está errado, o que, convenhamos, é praticamente impossível para esta mesma maioria.

Agora, imagine, existem umas pessoas que são movidas por intuição ! Aí já viu né, esse povo já não sabe de nada, e ainda tem gente que se sente capaz o suficiente para agir com intuição .... E o pior é que estes bichos continuam refutando, e não mudam a sua posição ante os erros que sabem que cometeram ou ante os seus despreparos pessoais já patentes desde outras situações.

No momento em que deveriam começar a reforma ética e prática, preferem continuar com a velha posição, a que leva a racionalizar os erros, a ocultá-los, a enfeitá-los, e, assim, a esquecê-los o mais rápido possível.

O povo do Brasil é boçal e/ou ignorante. Eu já vi vários indivíduos que só se lembram que são pobres, burros, e que não tiveram estudos, quando fizeram alguma besteira e estão sendo cobrados por isso, porque, do contrário, querem fazer e participar de tudo ! Se você procura os retirar de certas decisões por estes mesmos motivos, te chamam de preconceituoso !

Deveriam entender que precisam de outras pessoas para a descoberta e correção de seus infinitos erros, especialmente das pessoas que cresceram com outras referências ideológicas e em outra atmosfera, como o Rodrigo Guizzardi, seres que são ímpares na percepção deste mundo e na prática de tudo o que é correto e justo. Pois estas pessoas sim têm moral e condição intelectual para agir e decidir.

Enfim, exigir honestidade intelectual no Brasil é como extinguir a corrupção deste país. Aliás estes dois aspectos estão interligados !

Posté par Paulo Roberto Wolff, 16 janvier 2005 à 18:46 | Répondre

 

A honestidade intelectual é extensão da honestidade de caráter. Como o brasileiro é corrupto, a tônica de sua mentalidade nos diálogos que participa e nas opiniões que emite é corrompida também. O mesmo sempre digo sobre as eternas críticas que são dirigidas ao comando político do país, ou seja, uma extensão do povo degenerado que aí vive.

Há uma epidemia da desonestidade intelectual, onde meias verdades (que são mentiras inteiras) são espalhadas rapidamente, sem que as pessoas se preocupem em buscar proteção contra isso, deixando-se (e até gostando) contaminar com facilidade. Isto é, um só existe por causa do outro, e é no encontro entre a mencionada desonestidade e o desinteresse pela informação sofisticada e correta que floresce a mentira e as manipulações de mentes.

Posté par Bruna Monjardim, 16 janvier 2005 à 19:39 | Répondre

 

Na verdade tudo falta aos brasileiros. Não é a toa que o país funcione de modo tão ineficiente e distorcido. Entregar participação social a eles é garantir um futuro sombrio, de privações, e baseado em idiotices.
Sem dúvidas, quanto mais burro, mais o sujeito quer intrometer-se nas questões e opinar. O resultado óbvio disso é a piora das situações.
O brasileiro pensa que sabe das coisas, quando na realidade não sabe de nada !!! Impressionante como não se toca, apesar dos episódios anteriores em que ingressou e não agüentou os resultados !!! Se não tem nada para apresentar, acrescentar, ou emendar, nem tem como arcar com os resultados do que fez, o estúpido deveria se calar, e deixar a inteligência dos outros em paz !

Posté par Marília Hammel, 16 janvier 2005 à 20:14 | Répondre

 

Excelente texto !

É impossível evitar todo erro, ou mesmo todo erro em si é evitável. Os equívocos são continuamente cometidos por todos, uns mais do que outros conforme o nível de honestidade, de ética e de preparo pessoal. A percepção de que uma tese bem corroborada ou uma abordagem prática muito empregada é falível, e que pode receber emendas importantes, é um bom começo para não dogmatizar e agir com desonestidade intelectual.

O princípio fundamental é que, para aprender e evitar possíveis imperfeições futuras, devemos precisamente aprender com nossos erros atuais. Encobri-los é, portanto, o maior pecado intelectual.

Quando o equívoco é encontrado devemos gravá-lo na memória, analisá-lo por todos os lados e chegar até sua causa. A postura autocrítica e a sinceridade se tornam, nesta medida, um dever.

Ou seja, isso tudo é mais um caminho lúcido e progressista que NINGUÉM NO BRASIL percorre ! As pessoas não só não argumentam sincera ou logicamente, como apenas começam a atacar o outro, e não a sua idéia em si.

Posté par Alina Mosimann, 16 janvier 2005 à 21:00 | Répondre

 

Existem muitos animais que encontrei em minha vida com quem nem aceito entrar em um diálogo ou exposição de raciocínio. Primeiro porque conheço a moralidade destes maus elementos e os exemplos que têm protagonizado, e segundo pelo comportamento que têm na vida o qual, como se isso não fosse previsível, é o mesmo como se portam dentro de um debate, ou seja, com desonestidade intelectual.
Esta improbidade é alimentada pelo populismo e pela demagogia e, especificamente no meio acadêmico, local que deveria primar pela autonomia de pensamento, passou a produzir um sem número de estudos cujo destino é o lixo.
Uma sociedade habitada por pessoas intelectualmente desonestas tende a ficar repleta de conflitos. Isso se dá porque as que defendem idéias incompatíveis não dispõem de critérios lógicos que lhes permitam decidir quem tem razão - nem querem ter estes critérios, diga-se de passagem - e não estão dispostas a dar o braço a torcer.
A honestidade intelectual de Rodrigo Guizzardi, ao lado de todas as infinitas qualidades que tem, se destaca nitidamente em todo e qualquer local em que esteja ou ao lado de quem quer que seja. Um exemplo de integridade e conduta.

Posté par Viviane Lucca Dal Pian, 16 janvier 2005 à 22:07 | Répondre

 

Se por um lado conheço gente que só menciona e assume sua condição de pobre e ignorante quando se meteu em alguma dialética e quebrou a cara, portanto quer evitar punições e reprovações, também conheço diplomados e autoridades que se intrometem nas questões falando qualquer coisa sobre um assunto, mesmo que seja mentira (talvez dentro de sua própria área de formação), sempre esfregando seus títulos ou sua suposta experiência de vida na cara do interlocutor para dar crédito à besteira que está a falar. Todos são boçais, mesmo que uns tenham apenas mais verbalidade do que os outros. O brasileiro é um idiota, portanto é pouco preparado para quase tudo ! Todos estão nivelados nestes critérios !

Elise, inclusive em meu comentário ao maravilhoso texto que você fez sobre o nosso Rodrigo Guizzardi já mencionei as muitas pessoas com esclarecimento psicológico que encontrei, às vezes formados na área, ou que se julgam conhecedores pelo que acompanham em atrações televisivas, revistas ou jornais. Estes quadrúpedes, TODOS ELES SEM EXCEÇÃO, apenas pinçam as argumentações científicas da psicologia que lhes são convenientes momentaneamente, e ignoram aquelas que sabem que são favoráveis ao adversário. Até parece que essa ciência veio ao mundo apenas para servir a esta gente problemática e parcial ! Até parece que estes indivíduos corruptos têm moral para citar algo que se refira a conhecimentos humanos ou qualquer coisa que tenha um escopo tão nobre ! Nunca deveriam ser lidos ou pronunciados por estes desonestos intelectuais, imbecis por excelência.

O importante é ganhar o bate-boca, e não ser honesto na aplicação psicológica. Para eles os debates viram duelos pessoais. Acabam funcionando muito mais como advogados da própria causa, do que como gente “esclarecida” sobre a Psicologia. O progresso social não precisa de elementos assim !

Diálogos, debates, dialéticas, participação social, votar, são privilégios e não direitos ! Somente os poucos bons, como o Rô, deveriam ter acesso a eles !

Posté par Tânia Pertussatti, 17 janvier 2005 à 18:43 | Répondre

É por aí que a coisa funciona mesmo, Tânia. Também conheço indivíduos que usam explicações e conceitos da Psicologia apenas quando for conveniente ou vantajoso, e nunca quando os mesmos demonstram suas próprias falhas e fraquezas ou quando beneficiam a parte desafeta ou contrária.

Aliás, já vi vagabundo mau-caráter jogar contra outrem, incessantemente, o argumento de que “quem não reage a uma situação é porque sabe que está errado”, ou que “quem está correto não fica quieto”, trocar rapidamente para o “eu faço o que é possível” e “medo todo mundo tem, você enfrenta tudo?” assim que uma pressão ou algo intimidador acontece contra ele, dentro da mesma discussão inclusive. O imbecil usava a tese como única e principal justificativa para apontar o outro como o errado na questão.... e quando a coisa virou? O m. está errado também? Qual o motivo para o medo ser compreensível para um, e não o ser para o outro?

Esses beócios, desonestos e covardes ao extremo, não servem pra nada neste mundo! Eles sabem quando erraram (basta olhar a fisionomia que fazem) mas dão um jeito para colocar o outro em situação difícil e livrar os próprios erros de merecidas punições. Só pioram as relações! São lixo social! São o que tornam o país essa depravação histórica. Depois os políticos é que não prestam.

Com relação ao Rô não escrevi nada de mais, apenas cumpri minha obrigação de relatar a verdade e me curvar diante de quem é o melhor!

Posté par Elise Dawson, 17 janvier 2005 à 21:13 | Répondre

 

O Rodrigo é um homem incrível, em qualquer tempo, contexto ou situação. Fica impossível estabelecê-lo como modelo para esta gente que mal parou de se locomover com 4 patas!
Já a população brasileira é sempre ruim, corrupta e deficiente, em qualquer aspecto ou área que se possa imaginar.
Na desonestidade intelectual ocorre a defesa de uma posição que se sabe ser falsa, ou a ocultação consciente de verdades e aspectos relevantes. O respeito à honestidade intelectual e à racionalidade é muito mais importante e fundamental para uma sociedade do que qualquer ideologia. E o Rodrigo é o único que segue estes valores.

Posté par Suzana Szafir, 17 janvier 2005 à 19:05 | Répondre

 

Esta é apenas mais uma falta, das infinitas que formam a história cultual e sociológica brasileira. Este povo é pouco preparado mental e espiritualmente para TUDO, então como estaria pronto para adentrar em uma diálogo ???

A desonestidade intelectual costuma ser associada à arrogância ou à corrupção, à caracterização daqueles que discordam como estúpidos, ou à representação errônea de suas posições e argumentos como citações fora de contexto. Nela, geralmente ocorre a omissão de dados e informações inconvenientes, ou a ética seletiva, onde o rigor só é aplicado ao oponente.

O Rodrigo é o único honesto intelectual que conheci, um ponto de referência, um exemplo a ser seguido por quem fala e crê, verdadeiramente, nas autênticas qualidades que um ser humano decente deve cultivar, e que se esforça e guia, de fato, por estas vias.

Que o povo brasileiro chafurde em seus dejetos ! É o que merecem !

Posté par Edu Senfle Gevaer, 17 janvier 2005 à 20:28 | Répondre

 

Para quem fala bonito mas só faz feio (essa maioria que faz do Brasil o que é) talvez o Rodrigo seja até entendido como um inimigo ou um encrenqueiro !?? Até parece que alguém nobre e perfeito como ele vai se sujar se misturando com este lixo social através do hábito de se meter nas particularidades e problemas pessoas dos outros !?? Os outros, burros, vazios de conteúdo e de caráter, “marias vão com as outras”, é que fazem isso !

O que o Rô faz, coberto de razão e de percepção por sinal, é se distanciar dessa gentinha estúpida e corrompida. Se fossem julgados pelo que são, nem serviriam como adultos para a sociedade !

É característica primordial do idiota se sentir capacitado para se envolver em tudo. O resultado é não assumir as conseqüências e “resolver” a situação de modo pior ou injusto, sempre protegendo a si das responsabilidades e não a vítima, inclusive ofendendo valores que a lei condena (mesmo tendo entrado na questão com a bandeira da ética na mão). E para isso, bota para fora toda a corrupção de sua intelectualidade, se é que tem alguma coisa na cabeça ! Assim sendo, como poderia sequer adentrar em uma dialética ?

Realmente, além da incoerência de discurso propriamente dita, é impossível não perceber o quanto o idiota que estabelece uma discussão, principalmente acusadora ou difamatória, sabe que está errado e mesmo assim se esforça para continuar e se sustentar nela.

Posté par Astrid Steux, 18 janvier 2005 à 20:12 | Répondre

 

Não devemos diminuir nossa aplicação e atenção, mas as falhas e erros são inevitáveis. Se as pessoas fossem éticas (assim não precisariam defender despautérios, injustiças, imaturidades, corrupções e leviandades, nem administrar pelas exceções ou ter ética seletiva) e se fossem francas (aceitando as alegações melhores e mais bem formuladas, não procurando proteger o lado que sabem que é o errado, e não contrapondo as palavras que correspondem aos fatos), então deveriam aprender a aceitar, agradecidas, quando os outros as fazem conscientes.

É que nós sabemos que os brasileiros, quando encontram alguém fazendo o correto ou agindo em conformidade com a ética e com as práticas saudadas pelas sociedades probas, ao invés de aplaudi-lo, se inspirar nestas pessoas melhores e copiar seus atos, muito provavelmente vão condená-lo, repreendê-lo e, talvez, persegui-lo. E na dialética a coisa vai se dar desta forma também.

Posté par Marcel Cutrale, 18 janvier 2005 à 20:54 | Répondre

 

Escreveu ipsis verbis o que tenho visto e pensado, especialmente quanto a temas onde a linha entre a razão e a emoção não é clara. A desonestidade intelectual enfraquece a palavra. Não se trata de contar uma mentira, mas de deixar que alguém acredite em algo que não é verdade.

Ser honesto intelectualmente é a busca sincera pela verdade, ser coerente entre o que pensa e expressa, mesmo que isso lhe traga constrangimento ou derrota. Suas palavras têm de ser um reflexo verdadeiro de suas idéias, onde a hipocrisia não encontra oportunidade.

Todos cometem erros, apenas variando o nível de comprometimento e de assiduidade, afinal alguns são melhores, mais sábios e mais capacitados do que outros, evidentemente. É a postura que assumem quando são confrontados com eles que faz a distinção.

Há um mundo real ao qual a mente tem a capacidade de atingir, e a negação deliberada leva ao engano e à desonestidade intelectual.

Posté par Ana Flávia Valtrich, 20 janvier 2005 à 19:57 | Répondre

 

 

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